Ziriguidum

Celebração e resistência cultural em "Ziriguidum" do BRAZA

A música "Ziriguidum" do BRAZA explora a celebração como uma forma de resistência e liberdade, usando a palavra "ziriguidum" – uma onomatopeia que remete ao som animado do samba – para simbolizar a energia coletiva e a alegria que surgem quando as pessoas se entregam à música e à dança. O verso “Quem tem Ziriguidum, balança” destaca que essa vibração é algo interno, uma disposição para se deixar levar pelo ritmo e pelo momento, sem se preocupar com julgamentos ou problemas do dia a dia.

A letra mistura referências ao samba, reggae e outros ritmos, refletindo a proposta do BRAZA de unir diferentes culturas musicais, como em “Junta Brasil com Jamaica faz o arraiá”. O convite para “jogar o coração na frente e vai buscar” e “renova com mergulhão de mar” sugere um mergulho na experiência sensorial e emocional da festa, onde não há espaço para o "mau olhado" ou para a exclusão. A música valoriza a autenticidade e a felicidade simples, como em “Não é sobre ser foda, é sobre ser feliz”, mostrando que festejar é, por si só, um ato de resistência cultural. O refrão repetitivo e os versos que exaltam o molejo, o charme e a liberdade de expressão reforçam que o "ziriguidum" é tanto um estado de espírito quanto uma celebração da diversidade e da cultura popular brasileira.