CODE MISTAKE (feat. CORPSE)

Rejeição e identidade em "CODE MISTAKE (feat. CORPSE)"

Em "CODE MISTAKE (feat. CORPSE)", Bring Me The Horizon aborda de forma direta a sensação de não pertencimento e o peso do julgamento social. A repetição de “I will never be them” (“Eu nunca serei como eles”) destaca a recusa em se encaixar nos padrões impostos, mas também revela o isolamento e a dor que acompanham essa escolha. O videoclipe reforça esse sentimento: CORPSE é executado diante de uma multidão, enquanto Oli Sykes aparece preso em uma guilhotina, imagens que simbolizam a alienação e a condenação coletiva de quem é diferente.

A letra expõe o desgaste emocional e a luta interna com a própria identidade, como em “Running from myself / I can't blame 'em when they leave” (“Fugindo de mim mesmo / Não posso culpá-los quando vão embora”) e “My mind is a mosh pit / Think I might've lost it” (“Minha mente é uma roda punk / Acho que perdi o controle”). As menções a medicamentos como gabapentina, Adderall e omeprazol sugerem tentativas de controlar a ansiedade e o caos mental. Frases como “If pain is beauty, I'm a pretty bitch” (“Se dor é beleza, sou uma vadia bonita”) e “If pain is beauty, I'm a guillotine” (“Se dor é beleza, sou uma guilhotina”) ironizam a ideia de que o sofrimento pode ser admirado, mostrando que, para o eu lírico, ele é destrutivo. O título “CODE MISTAKE” e a frase “Baby, I'm a code mistake, I was never meant to be” (“Querida, sou um erro de código, nunca era para eu existir”) reforçam a sensação de inadequação, como se a existência fosse um erro fundamental, ampliando o tom sombrio e introspectivo da música.