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Entre dor, fé e vícios em “Bleach”, da BROCKHAMPTON

Em “Bleach”, do BROCKHAMPTON, o alvejante vira metáfora ambígua: tenta limpar, mas também queima. O refrão “Who got the feeling? Tell me why I cry when I feel it” (Quem tem a sensação? Me diga por que eu choro quando sinto) aponta uma sensibilidade fora de controle. O título dialoga com desafios pessoais do grupo — isolamento, depressão e busca por sentido — que surgem em versos como “Phone ringing, never outgoing, homebody” (Telefone tocando, nunca faço ligações, sou caseiro), “Keep it deep inside my mind” (Guardo isso bem fundo na minha mente), “I turn memory to fantasy” (Transformo lembrança em fantasia) e “Feel like a dead head zombie” (Me sinto como um zumbi sem vida). A água reforça purificação e risco de afogamento: “let the water run, let my body run” (deixa a água correr, deixa meu corpo correr) e “time machine gon’ make it better” (a máquina do tempo vai melhorar as coisas) soam como fuga idealizada. A produção que mistura R&B e hip-hop sustenta esse tom confessional direto nas vozes.

Há tensão constante entre prazer, fé e vazio. “Said she wanna get high…” (Disse que quer ficar chapada…), “God and pussy only know my intentions” (Só Deus e a buceta sabem das minhas intenções) e “I wanna die during sex or religion” (Quero morrer durante o sexo ou a religião) aproximam sexo e transcendência, mas revelam impulso autodestrutivo. A rotina de turnê traz anestesia e descarte: “Hotel rooms and temporary feelings” (Quartos de hotel e sentimentos temporários) e “I put my clothes on and try to check out” (Visto minhas roupas e tento fazer o check-out). O mergulho em vícios e depressão aparece em “Don’t let God see me, I got a lot of demons / And I been sleeping with ’em” (Não deixe Deus me ver, eu tenho muitos demônios / e tenho dormido com eles) e “tangled in the sheets and sinking deeper with ’em” (enrolado nos lençóis e afundando mais com eles). O dilema ético é claro em “Do you make mistakes or do you make a change?” (Você comete erros ou muda?), assim como o autoexame frágil em “Everything I have (is a mirror) / everywhere I stay (isn’t solid ground)” (Tudo que eu tenho (é um espelho) / em todo lugar onde fico (não é chão firme)). Até “I forgot my passport… all for a pretty sky” (Esqueci meu passaporte… tudo por um céu bonito) mostra a busca por alívio efêmero. No fim, “Bleach” não oferece solução: encara as manchas e encontra verdade na vulnerabilidade de assumi-las.

Composição: Ciarán McDonald. Essa informação está errada? Nos avise.

O significado desta letra foi gerado automaticamente.

Enviada por gabriella e traduzida por Andressa. Legendado por julia. Viu algum erro? Envie uma revisão.



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