É o amor

Intensidade e entrega no amor em “É o amor” do Brucelose

A música “É o amor”, lançada pelo Brucelose em 1997, se destaca pela intensidade emocional e pela forma direta com que aborda o sentimento amoroso. A repetição do verso “Sangue é nosso sangue, toma conta do meu ser” reforça a ideia de uma ligação profunda e quase incontrolável entre os amantes, indo além do desejo físico para expressar um pertencimento visceral. Essa metáfora mostra como o amor, para o eu lírico, se torna parte essencial da identidade e da existência, dominando completamente quem sente.

A letra traz elementos típicos do forró romântico dos anos 90, como a ansiedade e o desejo provocados pela ausência da pessoa amada. Isso fica claro em versos como “Vem chegando a noite e tu não estás aqui, louca de desejo tô por dentro a explodir”, onde a noite simboliza solidão e saudade, intensificando a urgência do reencontro. O refrão “É o amor...” resume essa entrega total, enquanto trechos como “Vida nossa vida, que acelera o coração” e “Mente gira a mil, me entreguei a essa paixão” mostram como o sentimento domina corpo e mente. Apesar de compartilhar o título com a famosa canção de Zezé Di Camargo & Luciano, a versão do Brucelose tem identidade própria, marcada por uma abordagem mais visceral e direta, refletindo o estilo envolvente do forró nordestino da época.