E Agora?

Reflexão sobre amor e finitude em “E Agora?” de Bruno e Denner

A música “E Agora?” de Bruno e Denner aborda a morte de forma sensível, tratando-a não como um fim trágico, mas como uma chance de reencontro e continuidade do amor. O desejo de uma “lua de mel” eterna no céu mostra um olhar sereno para o pós-vida, em contraste com a reflexão sobre a inutilidade das conquistas materiais. Isso fica claro no verso: “E agora o meu dinheiro não consegue me tirar daqui / Então pra que vivi?”, onde o narrador percebe que, diante da morte, bens e riquezas perdem todo o valor.

A letra também revela uma aceitação tranquila do destino, como em “Eu não sinto dor / Nem as batidas do meu coração / Estou indo embora, parto sem razão”. O personagem não demonstra revolta, mas sim serenidade, pedindo apenas a Deus um lugar para descansar e esperar pelo reencontro com quem ama. O trecho “A eternidade é pouca pra gente se amar” reforça a ideia de que o amor vai além da existência terrena e se torna o verdadeiro sentido da vida. Assim, a canção convida o ouvinte a refletir sobre o que realmente importa, sugerindo que, diante da finitude, são as relações e sentimentos que permanecem significativos.