Diga

Reconciliação e vulnerabilidade em "Diga" de Bruno & Marrone

"Diga", de Bruno & Marrone, destaca a vulnerabilidade de quem percebe tarde demais o valor de um relacionamento. A letra expõe sentimentos de saudade e arrependimento, especialmente no trecho: “Eu pensei que o mundo era todo meu / Mesmo sem você eu entendo agora / E eu me perdi / Ao perder você / E o mundo que era meu, eu joguei fora”. Aqui, o narrador reconhece que sua autossuficiência era ilusória e que a ausência da pessoa amada trouxe um vazio difícil de preencher.

O refrão reforça o desejo de reconciliação e a esperança de que o amor ainda exista: “Diga, que entre nós não mudou nada / Que a minha estrada é a sua estrada / Que os meus sonhos são os sonhos seus”. O pedido para que o sentimento permaneça inalterado mostra o medo de que o tempo tenha apagado o que foi vivido. A metáfora da estrada compartilhada simboliza vidas entrelaçadas, enquanto o apelo para que “ainda existe no seu peito / Aquele mesmo coração que nunca me esqueceu” revela a insegurança diante das mudanças. Lançada em 1994, a música foi fundamental para consolidar Bruno & Marrone no cenário sertanejo, tornando-se um clássico por traduzir, de forma simples e sincera, emoções universais como perda, esperança e o desejo de uma segunda chance.