Maré

Superação e autoconhecimento em "Maré" de Budah

Em "Maré", Budah transforma o medo em força ao abordar o processo de autoconhecimento e aceitação. O verso central, “tive medo do oceano hoje eu sou maré”, resume a evolução da artista ao ressignificar suas inseguranças e transformá-las em potência. Essa ideia está alinhada ao conceito do álbum "Púrpura", no qual Budah explora o prazer e o mistério dos sentimentos, mostrando que enfrentar as próprias emoções pode ser libertador.

A letra destaca uma postura de resiliência tranquila. Budah reconhece as dificuldades vividas, como em “algumas barreiras que eu tive que atravessar”, mas valoriza o percurso, reforçando que “o caminho é tão importante quanto chegar”. A repetição de “se eu errar tá tudo bem eu posso errar” evidencia a autocompaixão e a aceitação das próprias falhas. Imagens como o céu azul perto de casa trazem uma sensação de paz e esperança, mesmo diante dos desafios. O refrão, com sua melodia leve e o repetido “ai, ai, ai”, transmite alívio e liberdade, reforçando a proposta do álbum de celebrar o autoconhecimento e a autenticidade. A fé, citada como guia, é fundamental para manter Budah firme diante das adversidades. Assim, "Maré" convida o ouvinte a abraçar a vulnerabilidade e encontrar força na aceitação de si mesmo.