Turn, Turn, Turn

Ciclos da vida e esperança em "Turn, Turn, Turn"

Em "Turn, Turn, Turn", The Byrds apresentam uma adaptação quase literal do texto bíblico de Eclesiastes 3, feita por Pete Seeger. A música destaca a universalidade dos ciclos da vida ao repetir o refrão e usar pares opostos, como “a time to be born, and a time to die” / “um tempo para nascer, um tempo para morrer” e “a time to love, and a time to hate” / “um tempo para amar, um tempo para odiar”. Esses contrastes reforçam a ideia de que todas as experiências humanas, sejam positivas ou negativas, têm seu momento certo, sugerindo uma aceitação tranquila das mudanças e dos altos e baixos da existência.

O contexto em que The Byrds gravaram a música, durante a Guerra do Vietnã, fez dela um símbolo do movimento pacifista. A última linha, criada por Seeger — “A time for peace, I swear it’s not too late” / “Um tempo para a paz, eu juro que não é tarde demais” —, não está no texto bíblico original e funciona como um apelo direto à esperança e à reconciliação, mesmo em tempos difíceis. Assim, além de refletir sobre a passagem do tempo, a canção também se posiciona como um convite à ação pacífica, mostrando que, apesar dos ciclos inevitáveis, ainda é possível buscar harmonia e transformação.