O Turista
Caetano do Engenho
Ele chega de longe
De dia e de noite
Por terra ou por ar
Se for da elite
Ele desembarca no pier Mauá
Se hospeda em copa
Pra deitar na areia
De papo pro ar
E sempre perde a carteira
Pois marca bobeira quando vai mergulhar
Quando chega a noite o seu bronzeado está de arrasar
O sovaco tá branco e o ombro vermelho só pra incomodar
Então ele disfarça, ri meio sem graça
Diz que vai se esbaldar
E veste a camisa com flores e cores para impressionar
Chegando na lapa
Se encanta com os arcos e com a mem de sá
Encontra o samba, o rock e o pop
Vai em tudo que é bar
Toma uma cachaça, uma pura, branquinha para se soltar
E dando pinote o gringo já pensa que sabe sambar
Abraçando a mulata vai tirando selfie com seu celular
E se ela sorrir atacando ele vai pedir pra casar
O que ele não sabe, ela não é do di, se chama Waldemar
E mais que samba e pinote ele vai ter que aprender rebolar
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