Cidade Maravilhosa

O Rio de Janeiro como símbolo nacional em “Cidade Maravilhosa”

Ao gravar “Cidade Maravilhosa” em 1991, Caetano Veloso reforça o papel da canção como hino do Rio de Janeiro e destaca sua própria ligação afetiva e artística com a cidade. O verso “Berço do samba e das lindas canções / Que vivem n'alma da gente” evidencia o Rio como fonte de inspiração musical e cultural, algo que Caetano valoriza em sua trajetória e em entrevistas. Quando a letra chama o Rio de “altar dos nossos corações”, sugere um sentimento de devoção e orgulho coletivo, compartilhado também por Caetano, que, apesar de ser baiano, adotou o Rio como lar e referência criativa.

O refrão repetido “Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil, coração do meu Brasil” reforça a ideia do Rio como símbolo do espírito brasileiro, vibrante e acolhedor. Expressões como “jardim florido de amor e saudade” e “ninho de sonho e de luz” trazem imagens de beleza, nostalgia e esperança, sentimentos que dialogam tanto com a atmosfera festiva da cidade quanto com a experiência pessoal de Caetano, que já declarou seu fascínio pela energia carioca. A versão de Caetano, ao integrar trilhas de novelas e ser apresentada em eventos como o réveillon de Copacabana, amplia o alcance da mensagem positiva da música, reafirmando o Rio como um espaço de encontro, alegria e inspiração para todo o Brasil.