
Rosa
Caetano Veloso
A devoção e o sofrimento no amor em “Rosa” de Caetano Veloso
Em “Rosa”, Caetano Veloso interpreta uma das mais emblemáticas canções do repertório brasileiro, originalmente composta por Pixinguinha. A letra compara a amada a uma “estátua majestosa do amor” e a uma “soberana flor”, destacando a idealização romântica e a tentativa de eternizar a beleza e a pureza desse sentimento. A mulher é vista como uma obra-prima, quase divina, o que reforça o tom de adoração presente em todo o texto. O contexto do choro, gênero conhecido pela melancolia e sofisticação melódica, intensifica o clima de sofrimento amoroso, especialmente quando o narrador fala da “incerteza de um amor / Que mais me faz penar”.
A letra utiliza imagens florais e religiosas para exaltar a amada, como em “sobre a rósea cruz do arfante peito teu” e “és láctea estrela, és mãe da realeza”. Essas metáforas unem o sagrado e o terreno, sugerindo que o amor é, ao mesmo tempo, divino e doloroso, capaz de elevar e de causar sofrimento. O trecho “receber a unção da tua gratidão / Depois de remir meus desejos em nuvens de beijos” mistura desejo e busca por redenção, mostrando que o amor, para o narrador, é uma experiência intensa, marcada por devoção, desejo e dor. A interpretação de Caetano Veloso valoriza tanto a tradição do choro quanto a riqueza poética da letra, homenageando a figura feminina idealizada e o legado de Pixinguinha na música brasileira.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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