
No Dia Em Que Eu Vim-me Embora
Caetano Veloso
Memória e saudade em "No Dia Em Que Eu Vim-me Embora"
"No Dia Em Que Eu Vim-me Embora", de Caetano Veloso, retrata a experiência de um jovem nordestino que deixa sua terra natal em direção à capital, um movimento marcado por dificuldades e emoções profundas. A mala de couro "que fedia, cheirava mal" simboliza não só as condições materiais precárias do migrante, mas também o peso das lembranças e da saudade de tudo o que ficou para trás. Esse objeto carrega as marcas de uma vida inteira, tornando-se um elo entre o passado e o futuro incerto.
A despedida da família é descrita de forma sensível: a mãe chora, a irmã acompanha até a rua e o pai, em silêncio, vai até o porto. O silêncio do pai destaca como a dor da separação pode ser expressa mais pelos gestos do que pelas palavras. A letra também revela a confusão e o medo do protagonista diante do desconhecido, como nos versos “não entendia nada / Nem de pro que eu ia indo / Nem dos sonhos que eu sonhava”. O contexto histórico da migração nordestina para o sul do Brasil está presente em cada detalhe, mostrando a dualidade entre a esperança de uma vida melhor e a tristeza de partir. A repetição de "Sozinho pra Capital" no final reforça o sentimento de solidão e incerteza que acompanha quem busca novos caminhos, sem saber o que encontrará.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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