
Lua, Lua, Lua, Lua
Caetano Veloso
Ritualidade e silêncio em “Lua, Lua, Lua, Lua” de Caetano Veloso
Em “Lua, Lua, Lua, Lua”, Caetano Veloso utiliza a repetição da palavra "lua" de forma quase ritualística, criando uma atmosfera de transe e meditação. Essa escolha, aliada ao arranjo minimalista e à simplicidade harmônica, aproxima a canção de uma experiência sensorial, onde o som e a visualidade das palavras ganham destaque. Caetano já mencionou a influência da poesia concreta, especialmente de Haroldo de Campos, e isso fica claro em versos como “branca, branca, branca, branca”, que exploram mais a musicalidade e o impacto visual do que um significado literal.
A música também faz referência à cultura popular nordestina, dialogando de maneira sutil com “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga. A cor branca aparece como símbolo de pureza, silêncio e suspensão do tempo, evocando temas como a seca e a esperança presentes no imaginário do Nordeste. Quando Caetano canta “meu canto não tem nada a ver com a lua”, ele desafia a expectativa do ouvinte, negando o sentido imediato e convidando à reflexão sobre o próprio ato de cantar. O silêncio, as pausas e o vazio tornam-se elementos centrais, transformando a canção em uma contemplação sobre o poder do não-dito e da sugestão, mais do que sobre a lua em si.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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