
Sim / Não
Caetano Veloso
Contrastes e ancestralidade em “Sim / Não” de Caetano Veloso
Em “Sim / Não”, Caetano Veloso explora a dualidade presente nas celebrações afro-baianas, alternando entre afirmação e negação para mostrar como alegria e tristeza, aceitação e recusa, coexistem nesses rituais. Ao mencionar explicitamente blocos como Badauê e Ilê Aiyê, o artista presta homenagem à força dos movimentos negros de Salvador, destacando esses espaços como locais de exaltação da beleza e ancestralidade — “Vira menina, macumba, beleza, escravidão” — e também de memória da dor e resistência — “Toda tristeza do mundo no não/não”.
A letra traz referências aos orixás e a ritmos como afoxé, jeje e nagô, reforçando a conexão espiritual e musical com as raízes africanas. A imagem da “princesa menina, uma estrela / riqueza primeira de Salvador” representa a juventude negra como herdeira e protagonista dessa tradição. O jogo de opostos (“sim/não”, “não/sim”, “sim/sim”, “não/não”) sugere que a experiência nos blocos afro é feita de encontros e desencontros, celebração e lamento, refletindo a complexidade da identidade negra. A fusão de reggae e afoxé na melodia, destacada pelo próprio Caetano, traduz musicalmente essa mistura de influências e sentimentos, tornando a canção um tributo vibrante à cultura afro-brasileira.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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