
Alegria, Alegria
Caetano Veloso
Liberdade e renovação cultural em “Alegria, Alegria”
Em “Alegria, Alegria”, Caetano Veloso utiliza imagens como “sem lenço, sem documento” e referências à cultura pop internacional, como “Coca-Cola” e “Brigitte Bardot”, para expressar uma postura de liberdade e desapego às convenções pessoais e culturais. O verso inspirado em Sartre, “nada no bolso ou nas mãos”, reforça o desejo de viver sem amarras, aberto ao novo e ao inesperado, em sintonia com o espírito de renovação do tropicalismo. A letra mistura cenas do cotidiano, política e cultura de massa, como em “caras de presidentes” e “bomba e Brigitte Bardot”, retratando o Brasil dos anos 1960 como um espaço de contradições e múltiplas influências.
O tom leve e espontâneo da música, marcado pelo refrão “Eu vou / Por que não?”, transmite uma sensação de movimento contínuo e busca por alegria mesmo diante do caos e da incerteza. A narrativa ágil, quase cinematográfica, aparece em versos como “O Sol nas bancas de revista / Me enche de alegria e preguiça / Quem lê tanta notícia?”, refletindo a avalanche de informações da época. Ao incorporar guitarras elétricas e elementos estrangeiros, Caetano desafia o nacionalismo musical vigente e propõe uma identidade brasileira aberta e plural. “Alegria, Alegria” se tornou um símbolo de inovação cultural e resistência política, sendo lembrada em momentos históricos como o impeachment de Collor, sempre evocando a liberdade de seguir adiante e romper padrões.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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