A ausência materna e a solidão em “Mãe” de Caetano Veloso
A música “Mãe”, de Caetano Veloso, aborda de forma sensível o impacto da ausência materna na vida de uma pessoa. Logo no início, o verso “Eu sou um Rei que não tem fim / E brilhas dentro aqui” mostra que, mesmo diante da solidão, a presença da mãe permanece como uma luz interna, uma referência afetiva que resiste à distância física. Caetano compôs essa canção em um momento de profunda tristeza, o que se reflete na evolução do eu lírico: ele passa de “rei” a “homem” e, por fim, a “bicho triste”, evidenciando a perda de dignidade e humanidade diante da solidão.
A letra repete imagens de lugares e situações, como “cidades, mares, povo, rio” e “cigarras, camas, colos, ninhos”, para reforçar a busca constante por afeto e pertencimento, que nunca se realiza: “Ninguém me tem amor”. O verso “Meninos, ondas, becos, mãe / E só porque não estás” deixa claro que a ausência da mãe é o centro do sofrimento, tornando tudo ao redor menos importante. Mesmo quando o eu lírico tenta se expressar e superar a dor – “Eu canto, grito, corro, rio / E nunca chego a ti” – a distância entre ele e a mãe permanece impossível de ser vencida. Com uma atmosfera melancólica e intimista, “Mãe” traduz o sentimento universal de carência e a busca por um afeto primordial, representado aqui pela figura materna ausente.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.




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