
O Ciúme
Caetano Veloso
O ciúme como presença silenciosa em "O Ciúme"
Em "O Ciúme", Caetano Veloso ambienta a canção às margens do rio São Francisco, entre Juazeiro e Petrolina, para mostrar como o ciúme pode ser uma presença silenciosa e sufocante, mesmo em cenários de aparente tranquilidade. O contraste entre a calmaria da natureza — “Dorme o Sol à flor do Chico, meio-dia / Tudo esbarra embriagado de seu lume” — e a inquietação interna do narrador, simbolizada pelo “ponto negro: o meu ciúme”, evidencia como esse sentimento pode invadir até os momentos mais serenos.
A letra transforma o rio e as cidades em metáforas para a universalidade do ciúme, mostrando que essa emoção atravessa pessoas, lugares e histórias. A “flecha preta” que fere “justo na garganta” representa o impacto físico e emocional do ciúme, que sufoca e impede a expressão, como se a voz ficasse presa entre Petrolina e Juazeiro. Quando Caetano canta “Tanta gente canta, tanta gente cala / Tantas almas esticadas no curtume”, ele amplia o significado do ciúme, mostrando que não é apenas um sentimento individual, mas coletivo, pairando como uma “sombra monstruosa” sobre todos. O uso do Velho Chico reforça a ideia de que certos mistérios e dores são profundos e difíceis de decifrar, assim como o próprio rio. Caetano já declarou em entrevistas que sente ciúmes em relações amorosas, o que traz ainda mais autenticidade à intensidade emocional da música.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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