
Os Argonautas
Caetano Veloso
A travessia existencial em “Os Argonautas” de Caetano Veloso
Em “Os Argonautas”, Caetano Veloso utiliza a frase “Navegar é preciso, viver não é preciso” para destacar o contraste entre a busca por sentido e a incerteza da existência. Ao adotar essa máxima de Fernando Pessoa, Caetano reforça a ideia de que agir, criar e resistir são necessidades diante da imprevisibilidade da vida. O contexto do exílio e do retorno do artista ao Brasil, durante a repressão da ditadura militar, aprofunda o significado da canção: navegar representa resistir, seguir em frente e se reinventar, mesmo quando viver plenamente parece arriscado ou impossível.
A metáfora do barco permeia toda a letra, simbolizando a jornada emocional e existencial. O verso “meu coração não aguenta tanta tormenta, alegria” expressa a intensidade dos sentimentos diante das dificuldades e dos momentos de felicidade. O porto, citado como algo distante ou silencioso, sugere que a chegada e a certeza são ilusórias; o essencial é o movimento, a travessia. Outros elementos, como “o automóvel brilhante”, “o trilho solto” e “o barulho do meu dente em tua veia”, ampliam a metáfora para diferentes formas de deslocamento e desejo, misturando sensualidade, violência e busca.
Gravada ao vivo, com aplausos intensificados em versos censurados, a música se torna um símbolo de resistência e afirmação artística. “Os Argonautas” celebra a coragem de continuar navegando, transformando a incerteza da vida em impulso criativo e coletivo.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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