
Tropicália
Caetano Veloso
Contradições do Brasil em “Tropicália” de Caetano Veloso
Em “Tropicália”, Caetano Veloso utiliza ironia e referências culturais para questionar a identidade nacional brasileira. Logo no início, ao chamar Brasília de “monumento de papel crepom e prata”, ele critica a artificialidade da modernização promovida pela ditadura militar, mostrando como o progresso pode ser superficial. A menção à carta de Pero Vaz de Caminha, que exaltava a fertilidade do Brasil, serve para Caetano refletir sobre o que realmente se desenvolveu no país: uma cultura cheia de contradições, onde avanços convivem com exclusão e precariedade, como na imagem da “criança sorridente, feia e morta que estende a mão”.
A música mistura e ironiza elementos da cultura brasileira ao citar nomes como Carmen Miranda, Iracema, Ipanema, Roberto Carlos e o filme “Viva Maria”. Essa convivência de referências populares, eruditas, nacionais e estrangeiras mostra a riqueza e a complexidade do Brasil. O refrão “Viva a Bossa, sa, sa / Viva a Palhoça, ça, ça, ça, ça” exemplifica essa fusão e faz piada com a ideia de pureza cultural. Trechos como “no pulso esquerdo o bang-bang / em suas veias corre muito pouco sangue” criticam a violência e a apatia social, enquanto “seu coração balança um samba de tamborim” destaca a força da cultura brasileira diante das dificuldades. Assim, Caetano constrói uma narrativa que celebra e questiona o país, refletindo o espírito inovador e crítico do tropicalismo.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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