Vaca Profana

A Rebeldia Poética de 'Vaca Profana'

A canção 'Vaca Profana' de Caetano Veloso é uma obra que transborda em simbolismo e expressão artística. A música começa com uma valorização da risada em detrimento das lágrimas, sugerindo uma preferência pela alegria e pela vida, apesar dos desafios. A figura da 'vaca profana' é uma metáfora para a transgressão, um chamado para que se destaque acima da conformidade e da 'manada'.

A repetição do verso 'Dona de divinas tetas' e a referência ao leite bom e ao leite mau podem ser interpretadas como uma alusão à dualidade da natureidade humana e à escolha entre o que é nutritivo e positivo, em contraste com o que é negativo e prejudicial. A música também faz referências culturais diversas, mencionando cidades e artistas que representam a riqueza e a diversidade da arte e da cultura global.

Por fim, Caetano toca na relatividade das normas sociais com 'Mas eu também sei ser careta / De perto, ninguém é normal', sugerindo que todos têm suas peculiaridades e que a normalidade é uma ilusão. A música é um convite à aceitação da própria individualidade e à celebração da diversidade cultural e artística. 'Vaca Profana' é uma ode à liberdade de expressão e à rebeldia contra o convencionalismo.