Diversidade e inclusão em “Uns” de Caetano Veloso
Em “Uns”, Caetano Veloso utiliza a repetição da palavra "uns" para explorar a diversidade e a multiplicidade da experiência humana, sem perder de vista a individualidade de cada pessoa. A letra, marcada por um uso minimalista da linguagem e por jogos de som e significado, apresenta uma sequência de possibilidades: “Uns vão / Uns tão / Uns são / Uns dão / Uns não”. Cada verso evidencia diferenças e semelhanças, mostrando que, apesar das variações de comportamento, crença ou sentimento, todos fazem parte do mesmo grupo: a humanidade.
O contexto do álbum e a tradição de experimentação linguística de Caetano reforçam que a música é tanto um exercício poético quanto uma observação social. Ao listar características opostas ou complementares — “Uns bichos / Uns deuses / Uns azuis / Uns quase iguais / Uns menos / Uns mais” —, a letra sugere que a experiência humana é feita de contrastes, mas que não existe um "outro" fora desse conjunto: “E não há outros”. Caetano propõe uma visão inclusiva, onde todas as diferenças cabem dentro do mesmo "uns", ressaltando a universalidade da condição humana. A frase final, “Nunca estão todos”, destaca que a totalidade é sempre incompleta, pois a diversidade é infinita e sempre haverá algo ou alguém fora de qualquer definição absoluta.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.




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