
Neide Candolina
Caetano Veloso
Celebrando a força negra em "Neide Candolina" de Caetano Veloso
"Neide Candolina", de Caetano Veloso, é uma homenagem à força, elegância e dignidade das mulheres negras que marcaram sua vida, especialmente Neide Santos e Candolina Rosa de Carvalho Cerqueira. O verso “preta chique, essa preta é bem linda / essa preta é muito fina” desafia estereótipos raciais ao valorizar a beleza e a sofisticação da mulher negra, destacando o conceito de “nobreza brau” – uma reapropriação positiva do termo "brown" para afirmar o orgulho e a nobreza da negritude.
A letra traz referências pessoais e sociais: Candolina, professora de português, é lembrada em “ensinando português no Central”, enquanto Neide Santos, ligada à culinária afro-baiana, representa a cidadania e o trabalho digno. O trecho “ela nunca furou um sinal / isso é legal” ressalta o respeito às regras e à ética, contrastando com a imagem de uma Salvador marcada pela desigualdade. Ao citar “filha de Iansã”, Caetano conecta a personagem à ancestralidade africana e à religiosidade do candomblé, reforçando o orgulho das raízes. As menções ao “bairro da Liberdade” e ao “pixaim Senegal” ampliam o sentimento de pertencimento e identidade negra. O refrão “nobreza brau” resume o espírito de valorização e resistência que atravessa toda a canção.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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