
Pulsar
Caetano Veloso
Conexão e distância cósmica em “Pulsar” de Caetano Veloso
Em “Pulsar”, Caetano Veloso transforma o poema concreto de Augusto de Campos em uma experiência musical que amplia o impacto emocional do texto original. O poema, conhecido por substituir vogais por símbolos como lua e estrela, já sugeria uma comunicação que vai além das palavras, evocando sinais distantes e quase imperceptíveis, como o “pulsar quase mudo”. Essa imagem faz referência direta aos pulsares, estrelas de nêutrons que emitem sinais regulares, mas também serve como metáfora para tentativas de contato frágeis e persistentes entre pessoas separadas por grandes distâncias.
A letra aborda sentimentos de solidão e a busca por conexão ao citar lugares inalcançáveis como “Marte ou Eldorado”, indicando que o destinatário pode estar em qualquer lugar, real ou imaginário, mas sempre distante. O convite para “abrir a janela e ver” representa esperança e a vontade de encontrar sinais, mesmo no silêncio. O verso “abraço de anos-luz” reforça a ideia de um afeto que atravessa tempo e espaço, mas que, por ser tão distante, “nenhum sol aquece” e acaba esquecido no “oco escuro”. Assim, Caetano traduz de forma sensível a dificuldade e a delicadeza de tentar se conectar com alguém ou algo fora do alcance, usando imagens do universo para expressar essa experiência.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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