
Vento
Caetano Veloso
Pertencimento e liberdade no simbolismo de “Vento”
Na música “Vento”, Caetano Veloso transforma o vento em um símbolo de pertencimento e liberdade, indo além de sua existência como fenômeno natural. No verso “Vento, pastor da curva do mar / Vim te sentir passar / Volta do mundo / Tu és o meu lugar”, o vento é apresentado como uma presença acolhedora e orientadora, sugerindo que o verdadeiro lar está mais ligado ao sentimento de pertencimento do que a um espaço físico. O fato de a canção integrar a trilha sonora de “Tieta do Agreste” reforça essa conexão com o Nordeste brasileiro, suas paisagens e tradições, fazendo do vento uma ponte entre o indivíduo e sua cultura de origem.
A letra traz referências marcantes à religiosidade popular e às festas tradicionais, como em “palha da palma das asas dos anjinhos” e “saia rendada, tuba, procissão”, aproximando o vento da espiritualidade e da memória coletiva. Em “Vento de tempo, espaço e canção / Aves de arribação / Vida da vela / Estrada do avião”, o vento é descrito como algo atemporal e ilimitado, capaz de atravessar épocas, lugares e histórias. Ao chamá-lo de “meu mestre e meu irmão”, Caetano atribui ao vento o papel de conselheiro e companheiro, alguém que ensina, conforta e guarda segredos, como em “Não contes a ninguém / Esconde em teu azul”. A canção, assim, celebra o vento como uma força vital, livre de amarras religiosas ou racionais (“Sem Deus e sem razão”), mas profundamente ligada ao sentir e ao existir.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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