
Alexandrino
Caetano Veloso
Poesia e funk se encontram em “Alexandrino” de Caetano Veloso
Em “Alexandrino”, Caetano Veloso utiliza a repetição de sequências numéricas até o número 12 para fazer referência ao verso alexandrino, uma forma clássica da poesia composta por 12 sílabas. Essa escolha não é apenas um detalhe técnico, mas um recurso que reforça o diálogo entre a tradição literária e a cultura popular. Ao mencionar explicitamente “Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac”, Caetano presta homenagem ao poeta parnasiano Olavo Bilac, conhecido pelo rigor formal e pelo uso do verso alexandrino. No entanto, Caetano subverte essa tradição ao inserir o elemento erudito no contexto descontraído e dançante do funk carioca.
A música tem uma atmosfera leve e festiva, destacada pelo refrão “O baile é livre pra novinha e pro menino”, que celebra a liberdade e a inclusão nos bailes funk, especialmente em comunidades como Vigário Geral, citada na letra. As menções a “Lucas” e “Vigário Geral” aproximam a canção do universo dos bailes cariocas, espaços de expressão popular e resistência cultural. Assim, “Alexandrino” mistura erudição e cultura de massa, mostrando que a poesia pode estar tanto nos versos clássicos quanto no ritmo do funk, e que esses dois mundos podem dialogar de forma inovadora e irreverente.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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