Samba-Enredo 2025 - O Tempo Não Para! Cazuza - O Poeta Vive!

Cazuza e o legado no samba-enredo “Samba-Enredo 2025 - O Tempo Não Para! Cazuza - O Poeta Vive!”

A letra de “Samba-Enredo 2025 - O Tempo Não Para! Cazuza - O Poeta Vive!” destaca-se por transformar versos e títulos marcantes de Cazuza em imagens típicas do carnaval, como em “Faz parte do meu show” e “Por todo amor que houver nessa vida”. Esses trechos costuram a trajetória artística do cantor à celebração coletiva do samba, mostrando como sua obra dialoga com a energia e a emoção do desfile. O verso “Estou na máquina de escrever o tempo / O vento sopra tantas letras autorais” faz referência direta à criatividade constante de Cazuza, enquanto “É uma entrada para o circo voador / Gritando contra os fuzis e generais” remete ao Circo Voador, espaço importante da cena musical carioca e símbolo de resistência cultural durante a ditadura militar, conectando a rebeldia do artista à crítica social presente em suas músicas.

A homenagem se aprofunda ao citar personagens e músicas emblemáticas, como “Bete” (de “Bete Balanço”) e “Barão Vermelho”, além de frases como “Exagerado eu sempre fui / Apaixonado, contestador”, que resumem o espírito provocador e intenso de Cazuza. O verso “Eu sei só as mães são felizes / São cicatrizes e solidão” faz um aceno sensível à mãe do cantor, Lucinha Araújo, cuja presença no desfile reforçou o elo afetivo e a saudade. No final, “Te amo Lucinha, assina Cazuza!” transforma a homenagem em uma carta aberta, misturando saudade pessoal e celebração pública, enquanto “O poeta não morreu!” reafirma a presença viva de Cazuza na memória cultural brasileira, como destacado pelo enredo e pela emoção do desfile.