Velhas Canções
Canto de Paz
Além do véu
Da nova vida
Marcham os humanos
Vão-se os que amamos
Além do corpo inerte
Vive uma chama
Aurora da verdade
Real continuidade
O sopro não se extinguirá
Em desenlace de amargura
A brisa, firme, seguirá
Ascendendo às alturas
E o coração que vibra e pulsa
Não se rende ao silêncio
Segue adiante, agora livre
Pelo universo, amor imenso
E a saudade vem lembrar velhas canções
Que embalaram os versos, em poemas de união
Agora sem dor, sem dizer adeus
Pois, logo mais, haverá tudo outra vez
Além do medo
Vão-se todos, sem cessar
Rumo ao infinito
No retorno para o lar
Além do silêncio
Segue a voz da emoção
Não há laço esquecido
No tempo do coração
Pode uma lágrima cair
Mas sem desespero, sem dor
Pois a distância um dia passa
E a espera é nada para o amor
Verte o sabre do sepulcro
Sangrando uma falsa solidão
Nasce o consolo na criatura
Ao ver que é eterna a criação
E a saudade vem lembrar velhas canções
Que embalaram os versos, em poemas de união
Agora sem dor, sem dizer adeus
Pois, logo mais, haverá tudo outra vez
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