Contemplação

A Inacessível Luz Divina em 'Contemplação'

A música 'Contemplação', do Cantor Cristão, é uma profunda reflexão sobre a majestade e a inacessibilidade de Deus, utilizando metáforas e simbolismos para expressar a grandeza divina. A letra começa com a comparação entre o sol ardente e o Criador: 'Se nos cega o sol ardente / Quando visto em seu fulgor, / Quem contemplará Aquele / Que do sol é Criador?'. Aqui, o sol, que é uma das criações mais poderosas e brilhantes, é usado para ilustrar a impossibilidade de se olhar diretamente para Deus, que é infinitamente mais glorioso e resplandecente.

A segunda estrofe menciona figuras bíblicas como os patriarcas e Adão, destacando que nem mesmo esses homens, que tiveram uma relação direta com Deus, puderam contemplar Seu rosto: 'Patriarcas não puderam / O seu rosto contemplar, / Nem Adão chegou a vê-lo / Antes mesmo de pecar!'. Esta passagem remete a várias narrativas bíblicas, como a de Moisés, que não pôde ver a face de Deus (Êxodo 33:20), e a de Adão, que, mesmo antes do pecado original, não teve a visão plena do Criador.

A última estrofe reforça a ideia da inacessibilidade divina: 'Luz perante a qual é trevas / Mesmo o sol a fulgurar! / Nossos olhos pecadores / Não te podem contemplar!'. A luz de Deus é tão pura e intensa que até mesmo o sol, em todo o seu brilho, é considerado trevas em comparação. A letra enfatiza a limitação humana, especialmente devido ao pecado, em alcançar a visão direta de Deus. Este tema é recorrente na teologia cristã, que frequentemente aborda a santidade e a transcendência de Deus em contraste com a condição humana.