
Entre flechas e fuzis
Boi Caprichoso
Confronto e resistência indígena em “Entre flechas e fuzis”
A música “Entre flechas e fuzis”, do Boi Caprichoso, expõe de forma clara o contraste entre a violência do Estado, representada por “fuzis” e “medalhas brilhantes”, e a resistência dos povos indígenas, simbolizada pelas “flechas fumegantes”. A letra evidencia um embate desigual, em que o poder militar e a tecnologia enfrentam a tradição e a luta pela sobrevivência dos povos originários. Ao citar prisões, torturas, exílios e mortes por fome e sede, a canção conecta essas violências ao passado e ao presente do Brasil, mostrando que a repressão aos indígenas é uma realidade persistente.
O verso “Céu de gota de veneno / Gotejante sobre a aldeia” faz referência à contaminação ambiental causada pelo agronegócio e pela mineração, que afetam diretamente as terras indígenas. A menção a povos como Guarani-Kaiowá, Yanomami, Arara, Ticuna e Suruí reforça que a luta é coletiva e real, atingindo diferentes etnias. Quando a letra diz “A boneca não fez a cunhantã brincar / O brinquedo não fez o curumim sonhar”, evidencia-se a perda da infância e da esperança diante da violência. Ao afirmar “Somos resistência / Luta e existência / Ninguém vai calar / Os tambores da minha nação”, a música assume um tom de denúncia e esperança, reafirmando a força das culturas indígenas. O contexto do Boi Caprichoso, que valoriza a cultura amazônica e a resistência indígena, torna a toada um grito coletivo por justiça e reconhecimento.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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