Humillación

Humilhação

Humillación

Eu não sabia do amor que se ajoelha,Yo no sabía del amor que se arrodilla,
balbuciando súplicas, manso de arrogância.balbuceando ruegos, manso de altiveces.
Foi assim, com fraquezas que ainda me humilham,Fue de ese modo, con flaquezas que aún me humillan,
como no meu delírio, cheguei a te amar.como en mi delirio, te llegué a querer.

Hoje que acordo diante da sua leve paixãoHoy que despierto frente a tu liviana pasión
na minha consciência que sentiu de cheio o rigor,en mi conciencia que sintió de lleno el rigor,
brota em desespero esse amor que me envergonha,brota a despecho de este amor que me envilece,
o grito rebelde da minha humilhação.el grito rebelde de mi humillación.

Odeio esse amor, que me humilhou aos seus caprichos,Odio este amor, que me humilló a tus antojos,
odeio esse amor, que me ensinou a implorar.odio este amor, que me enseñó a suplicar.
Ânsia tola que me fez ajoelharAnsia torpe que me arrodilló
sob o jugo da sua pretensão,bajo el yugo de tu pretensión,
odeio esse amor que ao dobrar minha firmeza,odio este amor que al doblegar mi entereza,
me rebaixou, a mendigar seu calor.me rebajó, a mendigar tu calor.

Não te culpo se seu amor foi inconstante,No te reprocho si tu amor que fue inconstante,
colocou na minha vida, sombras de abandono;puso en mi existencia, sombras de abandono;
nem tens culpa se amaldiçoo a cada instante,ni tienes culpa si maldigo a cada instante,
o que foi fraqueza do meu coração.lo que fue flaqueza de mi corazón.

A culpa é minha por ter rolado aos seus pés,Mía es la culpa por haber rodado a tus pies,
e é meu castigo condenar minha própria paixão,y es mi castigo condenar mi propia pasión,
frente ao reproche do meu orgulho ferido,frente al reproche de mi orgullo lastimado,
que não se consola da sua humilhação.que no se consuela de su humillación.