
O Homem das Castanhas
Carlos do Carmo
Solidão e resistência em “O Homem das Castanhas” de Carlos do Carmo
"O Homem das Castanhas", de Carlos do Carmo, retrata a figura do vendedor ambulante de castanhas como símbolo da tradição lisboeta e da dura realidade urbana. A música destaca a simplicidade e a precariedade da vida desse homem, especialmente no verso “um cartucho pardo a sua vida”, que associa o papel pardo das castanhas à modéstia e à falta de recursos do vendedor. O pregão repetido “Quem quer quentes e boas, quentinhas?” ganha um tom melancólico, pois, enquanto oferece calor aos outros, o próprio vendedor enfrenta o frio, a solidão e o cansaço, como mostram as imagens “tem a chuva nos olhos e tem o ar cansado” e “à noite vai dormir com a tristeza”.
A letra se passa em locais marcantes de Lisboa, como a Praça da Figueira e o Jardim da Estrela, e usa o cotidiano do vendedor para refletir sobre a marginalização e a resiliência de quem vive à margem da sociedade. O fogareiro, que deveria aquecer, também representa as dores e dificuldades que “ardem” no peito do homem, mas não se transformam em calor próprio: “no peito uma castanha que não arde”. O contraste entre o calor das castanhas e a frieza da vida do vendedor é central. Ao comprar as castanhas, as pessoas levam para casa não só o calor, mas também um pouco do amor e da humanidade que esse homem oferece, mesmo diante das adversidades. A canção transforma uma cena comum das ruas de Lisboa em um retrato sensível da luta diária por sobrevivência e dignidade.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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