
Os Putos
Carlos do Carmo
Infância e esperança em “Os Putos” de Carlos do Carmo
A música “Os Putos”, de Carlos do Carmo, retrata com sensibilidade a infância nas ruas de Lisboa nos anos 1970, destacando a tensão entre a rebeldia típica das crianças e o conforto do lar ao final do dia. A letra utiliza expressões populares como “chui” (policial) e “puto” (menino), valorizando o linguajar e a cultura de rua, o que aproxima a narrativa da realidade vivida por muitos meninos da época. Imagens como “uma bola de pano, num charco” e “um sorriso traquina, um chuto” evocam brincadeiras simples e a criatividade diante das dificuldades materiais.
A canção também aborda os desafios enfrentados por essas crianças, como a fome e a necessidade de pedir esmola, mas ressalta a coragem e a solidariedade entre elas: “Um puto que diz, que não / Se a porrada vier, não deixo”. A metáfora “bandos de pardais à solta” reforça a ideia de liberdade e energia, enquanto a referência a “índios, capitães da malta” sugere liderança e espírito de grupo. Quando “a tarde cai”, a rebeldia cede espaço à vulnerabilidade e ao afeto, representados pelo colo do pai e pelas histórias sobre o “homem novo”, símbolo de esperança e formação de caráter. “Os Putos” celebra a infância como um período de luta, descoberta e ternura, refletindo tanto as dificuldades sociais quanto a força e a esperança das crianças lisboetas.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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