
O Lutador
Carlos Drummond de Andrade
A busca incansável por sentido em “O Lutador”
Em “O Lutador”, Carlos Drummond de Andrade compara o ato de escrever poesia a um combate físico, mostrando como a relação do poeta com as palavras é marcada por tensão, desejo e frustração. Logo no início, ao dizer “lutar com palavras é a luta mais vã”, Drummond revela a sensação de impotência diante da linguagem, mesmo reconhecendo que esse embate é inevitável e necessário para quem escreve. O poema é uma reflexão sobre o próprio processo criativo, evidenciada quando o autor descreve as palavras como “tão fortes como o javali” ou como entidades que “súbito fogem”, destacando o quanto a linguagem poética pode ser indomável e difícil de controlar.
A insistência do poeta em tentar capturar as palavras, mesmo sabendo que elas podem ser inalcançáveis, mostra sua persistência e humildade diante do ofício da escrita. O verso “ser-lhes-ei escravo de rara humildade” reforça essa postura de respeito e submissão ao poder das palavras. A metáfora do combate sugere que criar poesia é um enfrentamento constante, cheio de tentativas e fracassos. O poema também aborda a ambiguidade do desejo: o poeta quer possuir as palavras de forma pura, mas reconhece que elas preferem “o amor de uma posse impura”, indicando que a relação com a linguagem é sempre imperfeita e cheia de contradições. No final, a luta nunca se resolve totalmente, e a busca pela expressão perfeita acompanha o poeta até “as ruas do sono”, mostrando que a inquietação criativa persiste até nos sonhos.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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