
Balas Endereçadas
Carlos Eduardo Taddeo
Violência direcionada e denúncia social em “Balas Endereçadas”
A música “Balas Endereçadas”, de Carlos Eduardo Taddeo, faz uma crítica direta à ideia de “bala perdida”, mostrando que, na verdade, a violência policial nas periferias é intencional e seletiva. No verso “No monte do calvário, cada disparo / Vem com CEP, remetente, destinatário”, o artista deixa claro que cada tiro tem um alvo definido, escolhido por critérios sociais e raciais. Assim, ele desmonta a narrativa de que as vítimas são fruto do acaso, apontando para o racismo estrutural e a desigualdade social como fatores centrais dessa violência.
A letra usa ironia para questionar por que as balas nunca atingem pessoas das elites: “Se são perdidas, porque os cartuchos de alto desempenho / Não atingem juiz, empreiteiro, novo senhor de engenho”. Eduardo sugere que a violência é direcionada aos pobres e negros das periferias. Ao citar nomes de crianças e jovens mortos, como Ágata, Jennifer e Cauã, o rapper personaliza as vítimas e denuncia a repetição desses casos, frequentemente justificados pelas autoridades como “confronto entre facções criminosas rivais”. Ele ainda faz referência ao massacre de Suzano e à ditadura militar, conectando a violência policial atual a práticas históricas de repressão. O tom direto e de denúncia social da música reforça o objetivo de Eduardo: expor a face cruel e sistemática da violência estatal, desmascarar a narrativa oficial e exigir justiça para as vítimas das “balas endereçadas”.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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