Plot Twist

Empoderamento feminino e reviravolta em "Plot Twist"

Em "Plot Twist", Carolina Deslandes subverte as expectativas tradicionais dos relacionamentos ao assumir, de forma irônica e autoconfiante, o papel de "vilã" da própria história. No verso “Adoro filmes com um plot twist, olha, a vilã afinal sou eu”, a artista deixa claro que não aceita mais o papel de vítima ou de figura passiva, normalmente atribuído às mulheres. Ela desafia essas convenções ao afirmar sua autonomia e ao mostrar que está no controle da situação. Metáforas como “o meu café não é pingado” e “ninguém senta o Ronaldo” reforçam essa postura, indicando que ela não aceita menos do que merece e não se deixa diminuir ou manipular.

O contexto do álbum "Chorar no Club" aprofunda essa mensagem, já que Carolina descreve o projeto como uma “bula emocional” para quem sente intensamente. Assim, a letra de "Plot Twist" ganha ainda mais impacto ao retratar uma mulher que, mesmo vulnerável, escolhe se empoderar e mudar o rumo da própria história. A repetição do refrão e a ironia em frases como “tu achavas que eras bom nisto, quem quis jogar, no final, perdeu” evidenciam a inversão de poder: ela se liberta das expectativas e redefine as regras do relacionamento. O uso do termo "plot twist" como metáfora central reforça que, na vida real, também é possível surpreender e assumir o protagonismo, mudando o final da própria narrativa.