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Reivindicação e legado feminino em “Testamento” de Carolina Deslandes

Em “Testamento”, Carolina Deslandes faz uma reflexão sobre sua trajetória na música e as dificuldades enfrentadas por mulheres na indústria. Ao se autodenominar “prata da casa” em vez de “medalha de ouro”, ela critica a valorização da novidade em detrimento da experiência, especialmente quando se trata de artistas mulheres. O verso “A minha agência diz / Que não sou o sabor do momento” evidencia o preconceito etário e de gênero que Deslandes sente aos 33 anos, mostrando que, apesar de sua carreira consolidada, ainda enfrenta obstáculos para ser plenamente reconhecida.

A menção à poetisa Florbela Espanca, em “Por isso é que a Florbela espanca e não acarinha”, traz um duplo sentido: além de citar o nome da escritora, sugere que a arte feita por mulheres muitas vezes precisa ser incisiva e combativa para ser ouvida, em vez de apenas acolhedora. Esse tom direto aparece também quando Deslandes afirma: “Eu não copiei ninguém / Mas o que é a vossa forma / É a forma que eu inventei”, reivindicando sua originalidade e influência. Assim, a música se apresenta como um testamento artístico, no qual a cantora reconhece as dificuldades, afirma seu papel pioneiro e deixa um legado para as próximas gerações, resumido na frase: “Não sou imortal mas deixo um testamento”.

O significado desta letra foi gerado automaticamente.


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