Esperança

Memórias e futuro ambiental em “Esperança” da Casaca

A música “Esperança”, da Casaca, faz uma crítica clara à forma como a humanidade lida com o desenvolvimento, destacando a contradição entre progresso e destruição ambiental. Um ponto central da letra é a maneira como ela conecta memórias de infância e relações familiares à responsabilidade coletiva de preservar o planeta. Ao citar “a velha história de ser um menino que brincou sobre o verde que nós não sabemos conservar”, a banda usa a nostalgia para mostrar que não está em jogo apenas a natureza, mas também as experiências e afetos ligados a ela.

O contexto musical da Casaca, que mistura reggae, rock e o congo capixaba, reforça a ligação com as raízes culturais e valoriza o local, ampliando o sentimento de pertencimento e responsabilidade. A letra questiona o impacto das ações humanas ao afirmar: “a humanidade fala em desenvolvimento sem pensar em quem nasceu / sem pensar em ninguém”, apontando para a falta de empatia e de visão de futuro. O verso “quando meu filho entender que não vê o azul do céu e não vê as águas do mar” alerta para as consequências irreversíveis da degradação ambiental, sugerindo que as próximas gerações podem não ter acesso às mesmas belezas naturais. Assim, “Esperança” propõe uma reflexão sobre o papel de cada pessoa na preservação do planeta, unindo passado, presente e futuro em uma mensagem urgente de cuidado.