Morning Has Broken

Renovação e espiritualidade em “Morning Has Broken”

“Morning Has Broken”, interpretada por Cat Stevens, transforma o nascer do dia em uma celebração espiritual e de renovação. O verso “Morning has broken like the first morning” (“A manhã surgiu como a primeira manhã”) faz uma ligação direta com o início do mundo, sugerindo que cada amanhecer é um recomeço puro, como se a criação divina se repetisse diariamente. A referência ao Éden em “Born of the one light, Eden saw play” (“Nascida da única luz, o Éden viu brincar”) reforça essa ideia de que cada dia traz a chance de renovação e de contato com o sagrado.

A música tem origem em um hino cristão escrito por Eleanor Farjeon, inspirado na natureza de Alfriston, e isso se reflete na valorização de elementos naturais como chuva, orvalho e o canto dos pássaros. Ao gravar sua versão nos anos 1970, Cat Stevens imprimiu um tom pessoal de despertar espiritual, transmitindo gratidão e admiração pela beleza do mundo. O arranjo de piano de Rick Wakeman contribui para a atmosfera serena, tornando a canção um convite para contemplar a simplicidade e a perfeição da criação, como em “Praise for the sweetness of the wet garden / Sprung in completeness where His feet pass” (“Louvado seja pela doçura do jardim molhado / Que brotou em perfeição onde Seus pés passaram”). Assim, “Morning Has Broken” celebra não só o início de um novo dia, mas também a possibilidade de renovação interior e de perceber o divino no cotidiano.