Nonchalantes de beauté

Indiferentemente Bonitos

Nonchalantes de beauté

A violência extrema a perfuraLa violence extrême la transperce
Tanto quanto a escuridão que derramaTout autant que les noirceurs qu’il déverse
Mais do que as dores que se dissolvemPlus que les douleurs qui dissolvent
Seu coração carmim, sufocado, laminadoSon cœur carminé, étouffé, laminé

Seus despertares estão ligados sem sabor, sem armadilhasSes réveils s’enchaînent sans saveur, sans apparats
Sem mágica, sem barulho, sem faíscasSans magie, sans fracas, sans étincelles
Seus sonhos de prazer estão falhandoSes rêves de volupté s’échouent
Ou esmagados fortemente, todos quebradosOu se fracassent lourdement, tous brisés

Bêbada, esquecendo, por um momento, seu desejo de morteIvres, oubliant, un moment leur envie de mort

A violência extrema a perfuraLa violence extrême la transperce
Tanto quanto a escuridão que derramaTout autant que les noirceurs qu’il déverse
Eles são todos preguiçosos, indiferentemente bonitosElles paressent toutes, nonchalantes de beauté
Leves, enevoados, contendo suas muitas fragilidadesLégères, embrumées, réfrénant leurs trop nombreuses fragilités

Quem virá um dia levantar as redes abandonadasQui viendra un jour relever les filets abandonnés
Em águas turbulentas e pescar todas aquelas almas náufragas?En eaux troubles et repêcher toutes ces âmes naufragées?
Seus sonhos de voluptuosidade monopolizam apenas elesVos rêves de volupté ne s’accaparent que d’elles
Essas curiosidades são doentias apenas nos instintos que revelamCes curiosités n’ont de malsain que les instincts qu’ils révèlent