Could Be Machine

Reflexão sobre tecnologia e humanidade em “Could Be Machine”

Em “Could Be Machine”, Celeste (R&B) explora a preocupação de que, ao nos adaptarmos cada vez mais à tecnologia, nossas emoções e relações possam se tornar automáticas e perder autenticidade. A repetição da pergunta “Could we be machines?” (“Poderíamos ser máquinas?”) destaca essa inquietação, levantando dúvidas sobre até que ponto ainda somos guiados por sentimentos reais ou já estamos agindo de forma programada. Em entrevista, Celeste afirmou: “quanto mais tempo passamos com essa tecnologia, mais nos tornamos ela”, reforçando que a música serve como um alerta sobre a desumanização nas interações modernas.

O verso “Could be loving right now” (“Poderíamos estar amando agora”) sugere que, mesmo diante da mecanização, ainda existe a possibilidade de experimentar sentimentos verdadeiros, embora permaneça a dúvida se isso realmente acontece ou se já estamos condicionados. A sensação de alienação aparece em “nobody knows that I didn't choose it” (“ninguém sabe que eu não escolhi isso”), mostrando que a protagonista sente ter perdido o controle sobre suas escolhas, talvez influenciada por padrões impostos pela tecnologia. O questionamento “who there's innocent?” (“quem é inocente nisso?”) traz uma reflexão sobre responsabilidade coletiva nesse processo. A sonoridade pop industrial, inspirada em Lady Gaga, reforça a fusão entre o humano e o artificial, tornando a experiência da música ainda mais imersiva. No final, a canção equilibra melancolia e esperança, sugerindo que, apesar do risco de nos tornarmos máquinas, ainda é possível buscar conexões autênticas.