
Mississipi
Celso Blues Boy
“Mississipi” e a linhagem do blues de Celso Blues Boy
“Mississipi” funde dois mitos do blues em um só corpo: o pacto de Robert Johnson na encruzilhada e a coroa de “king of the blues” (rei do blues) associada a B.B. King. Por estar no álbum Indiana Blues (1996), com participação do próprio B.B. King, a faixa também funciona como declaração de linhagem: Celso afirma seu lugar no circuito do blues, conectado às raízes americanas do gênero.
A letra reconta o “caso estranho” de um desconhecido que “depois virou um mito e sumiu”, ecoando Johnson: ele “vendeu sua alma ao diabo” para tocar como ninguém e quis ser “the eternal king of the blues” (o rei eterno do blues). Esse desejo tem duplo sentido: é ambição de imortalidade e piscadela ao “King” presente no disco. A tensão cresce quando “o velho Mississipi” ganha voz de pai do blues — “O meu filho preferido não tem trato com o diabo, o corpo e a alma dele são meus” — e impõe a lei da origem: como água apaga fogo, o rio (tradição, território, comunidade) vence o diabo (atalho, tentação). O desfecho sela pertencimento e permanência: o diabo se conforma e o herói “vive até hoje” no rio, eterno não só como indivíduo, mas como espírito do próprio blues. A canção mantém um clima de mistério (o caso antigo e o sumiço), tensão (duelo diabo x rio) e reverência ao Mississipi, a Robert Johnson e, pelo elo com B.B. King, à coroa que mantém o blues vivo de geração em geração.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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