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A Caneta e a Enxada (part. Léu)

Cezar e Paulinho

Letra

    Certa vez uma caneta
    Foi passear lá no sertão
    Encontrou-se com uma enxada
    Fazendo uma plantação
    A enxada muito humilde
    Foi lhe fazer saudação
    Mas a caneta soberba
    Não quis pegar na sua mão
    E ainda por desaforo
    Lhe passou uma repreensão

    Disse a caneta pra enxada
    Não vem perto de mim, não
    Você está suja de terra
    De terra suja do chão
    Sabe com quem está falando
    Veja sua posição
    E não esqueça a distância
    Da nossa separação

    Eu sou a caneta dourada
    Que escreve nos tabelião
    Eu escrevo pros governos
    A lei da constituição
    Escrevi em papel de linho
    Pros ricaços e pros barão
    Só ando na mão dos mestres
    Dos homens de posição

    A enxada respondeu
    De fato, eu vivo no chão
    Pra poder dar o que comer
    E vestir o seu patrão
    Eu vim no mundo primeiro
    Quase no tempo de adão
    Se não fosse o meu sustento
    Ninguém tinha instrução

    Vai-te caneta orgulhosa
    Vergonha da geração
    A tua alta nobreza
    Não passa de pretensão
    Você diz que escreve tudo
    Tem uma coisa que não
    É a palavra bonita
    Que se chama educação

    Composição: Capitão Balduino / Teddy Vieira. Essa informação está errada? Nos avise.
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