Eu, Meu Deus e a Viola

A Simplicidade e a Felicidade no Campo

A música "Eu, Meu Deus e a Viola" de Cezar e Paulinho é uma celebração da vida simples e tranquila no campo. A letra descreve a rotina de um homem que vive afastado da agitação urbana, em um ambiente onde a natureza e a paz predominam. Ele valoriza a companhia de Deus e da sua viola, elementos que lhe trazem conforto e alegria. A ausência de tecnologias modernas, como o som de vitrola, e a proximidade com a natureza, representada pelos passarinhos cantando fora da gaiola, reforçam a ideia de uma vida sem complicações e cheia de contentamento.

O protagonista da música se orgulha de sua vida no campo, onde o trabalho é uma parte essencial do seu dia a dia. Ele descreve sua rotina matinal, preparando a marmita e indo para o serviço, sem ser afetado pela preguiça. A simplicidade das tarefas diárias, como escutar o galo cantando e o barulho das angolas no terreiro, são retratadas com carinho, mostrando que a felicidade pode ser encontrada nas pequenas coisas. A música também destaca a importância da música e da poesia como formas de expressão e alívio emocional, com a viola sendo um instrumento de consolo e alegria.

Além disso, a letra enfatiza a autossuficiência e a fartura no campo. O protagonista menciona a abundância de alimentos e a ausência de miséria, o que contrasta com a vida urbana muitas vezes marcada pela escassez e pelo estresse. A presença de animais bem cuidados e a riqueza simbólica, como o peitoral do puro sangue adornado com ouro e prata, reforçam a ideia de que a verdadeira riqueza está na simplicidade e na conexão com a natureza. A música, portanto, é uma ode à vida rural, à simplicidade e à felicidade que ela proporciona.