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Julgamento de Um Boi

Cezar e Paulinho

Letra

    Se os animais falassem
    Ouviríamos agora o depoimento de um boi
    Que matou um toureiro
    Para salvar sua própria vida

    Eu fui laçado, e arrastado da capoeira
    E foi, de qualquer maneira, me jogaram na prisão
    Ajoelhado, implorava nessa hora
    Amarrado na gaiola, como se fosse um ladrão

    Mas eu confesso aos senhores jurados
    Tentei pular o alambrado e fugir pro estradão
    Mas nessa hora, pelos homens fui barrado
    Veja meu corpo marcado por pancada e por ferrão

    E lá na arena, neste beco sem saída
    Para não perder a vida, triste luta eu enfrentei
    Todo o aplauso era pro meu inimigo
    Temendo grande perigo, desesperado chorei

    Mas não sabia, o toureiro desumano
    Que em defesa dos rebanhos, muitas feras derrotei
    Com minha alma envolvida na tristeza
    Em legítima defesa, para não morrer, matei

    Lida a sentença, se diga ao bem da verdade
    Me foi dada a liberdade de voltar pro meu rincão
    Na despedida, eu disse quando partia
    Sei que vou morrer um dia, por capricho do patrão

    Então serei retalhado em pedacinhos
    Pra alimentar seus filhinhos, no recheio de seu pão
    A minha carne lhe darei nesse momento
    Em forma de pagamento da minha absolvição

    Composição: Manoel Vidal / Miguel Vidal. Essa informação está errada? Nos avise.

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