Tirando Boi do Rodeio
César Oliveira e Rogério Melo
Campeio a volta de chapéu tapeado
Neste Bragado que domei paciente
Pois um cavalo, quando é de respeito
Carrega um pouco da alma da gente
Quem tira sustento pra mulher e filhos
No serviço bruto, chuva, Sol e poeira
Dá valor a um pingo bueno e de coragem
Pra topar parada de qualquer maneira
Nestes dias lindos de manhã serena
Saio escutando o talarear da espora
Carrego no sangue a tradição torena
De apartar o gado sempre campo afora
Por isso, me agrada de parar rodeio
Pra empurrar Zebu com o bico da bota
Quem é da lida não perde cuerada
Pra boiada alçada de fundão de grota
Pra boiada alçada de fundão de grota
Esta cachorrada, que me faz escolta
É minha confiança quando pego o grito
Meus Ovelheiros seguram a volta
E eu entro no meio e tiro o boi solito
Então, levo o corpo neste meu Bragado
Doce de boca e flor de campeiro
Se o boi é manso, eu faço costado
Saio pechando se for caborteiro
Nestes dias lindos de manhã serena
Saio escutando o talarear da espora
Carrego no sangue a tradição torena
De apartar o gado sempre campo afora
Por isso, me agrada de parar rodeio
Pra empurrar Zebu com o bico da bota
Quem é da lida não perde cuerada
Pra boiada alçada de fundão de grota
Pra boiada alçada de fundão de grota
Pra boiada alçada de fundão de grota
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