Rosilho Maleva
César Oliveira e Rogério Melo
O negrinho Zé Machado
Vinha lindo gineteando
Só d'em pelo no aporreado
Pra os dois lados se brandeando
Ia abanando um chapéu preto
Preso atrás com um barbicacho
E o rosilho a golpes secos
Ia berrando costa abaixo
Deram os dois uma caravolta
Pelo ar, mas não teve o tombo
Porque o Zé deu toda a volta
Como um prego sobre o lombo
Com este golpe pelo espaço
Quase os dois perdem a consciência
Mas o negro ainda alçou o braço
E abanou para assistência
{refrão}
Lá se foram as duas almas
Gineteando campo á fora
O ginete ouvindo as palmas
O rosilho o trim da espora
Zé Machado ao fim da festa
Nos mostrou que a vida é potra
Gineteada como essa
Nunca mais haverá outra
O´Zé disse que a rodada
Lhe deixou com as idéia tonta
Porque a vida vale nada
E Terra gira por conta
Que o rosilho o tal maleva
Não perdeu-se "veiaqueando"
Porque há um diabo nas macega
Mas um Deus lhe amadrinhando
[VANERA]
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