Lâmpana
César Oliveira e Rogério Melo
A intempérie quem vem da banda oriental
"Se dando" volta arrepia o firmamento
Pois o inverno que mete a cara e se ajeita
Trás seus anseios no contraponto dos ventos.
Esta lâmpana eu pede boca e se "agranda"
Virando o pêlo do "egüedo" da manada
É a promessa de que o tempo será "malo"
"Templando" enchentes e aragem fira das geadas.
Mais uma vez os ranchos pobres da fronteira
Serão trincheiras dos índios de sangue quente
Por que o inverno desta vez será bagual
E os "poquitos" vai castigando está gente.
Sorte paisano pois não falta um fogo grande
Que tenha brasa de sobra pra dois parceiros
Quem acolhera corpo, alma as labaredas
Sabe que o fri jamais entangui um fronteiro.
Então mateio num rancho que fiz pra dois
Pena que tantos não tem a mesma sorte
Porque o destino é uma tormenta mui braba
Que aquebranta quem não tem um corpo forte.
Mas menos mal que a primavera é uma esperança
Do índio quebra que a vida surra na calma
Se o sol é um poncho que aquenta carne e osso
O frio do inverno não logra o calor da alma.
Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de César Oliveira e Rogério Melo e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: