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Letra

    Parou o pampeano
    Esbarrou um picaço
    Estendeu-se o laço
    Da ilhapa a presilha
    Do outro lado um gateado
    Cinchava uma pata
    O boi berra e se estaca
    Prevendo a sangria
    Na ponta da faca
    O destino é traçado
    E o sangrador é cortado
    Manchando as flexilhas

    Afroxam-se os laços
    O pampeano se ajoelha
    Sobre a mancha vermelha
    No chão do potreiro
    A folha chairada
    Já risca o couro
    No ritual crioulo
    De um pago fronteiro
    Se foi mais um boi
    Pra "corda" e municio
    E o matambre pro vício
    Do assado campeiro

    A força do campo
    Rebrota invernadas
    Engorda a boiada
    E sustenta a nação.
    É a mesma contida e vivida
    Ostentando esta vida
    Deste sul de rincão.
    E o campo de novo
    Viçoso floresce
    Pois tem alicerce
    De várzea e coxilha
    Renasce na morte
    E se torna mais forte
    Bebendo a sangria

    E assim segue a lida
    Tranqueando na estância
    Firmando a costância
    De manter existência
    Levando a pecuária
    Em ranchos e galpões
    Em sobrados e mansões
    Em longínquas querências
    Pra que o mundo conheça
    O valor de uma raça
    Mostrando o que passa
    O campo e sua essência.

    Composição: André Oliveira / Rogério Melo. Essa informação está errada? Nos avise.

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