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LetraSignificado

    Quem sabe o meu sonho
    Ficou negaciando
    Na costa de algum mato.
    Nos ritos de algum trogo
    Das últimas luzes
    Que estreitam domingos

    Ficou nas ramadas
    Encilhando um mouro
    Depois da sestiada,
    Ou nas madrugadas,
    Num quarto de ronda
    De alguma tropeada.

    Meu sonho rebolca
    Nas xergas tão velhas
    Moldadas de lombo
    Guardando suores
    Tal qual as relíquias
    De um tempo precioso.

    Fareja cambonas
    Com jujos de campo
    Pelas madrugadas
    Chuliando cancelas
    Que abertas prá o dia
    Envidam potradas.

    Meu sonho falqueja
    As tramas de angico
    Nas chuvas de agosto
    E saca as penúrias
    De tanta invernera
    Nos cardos de um poncho.

    Galopa nun vento
    Desfiando saudades
    Soprado da estancia
    Abanos de pala
    Mesclado nas rimas
    De crina e guitarra.

    Talvez quando escute
    Os gritos da pampa
    N'alguma ilusão.
    Limite o silêncio
    Fazendo fronteiras
    Na paz de um galpão.

    Composição: Adriano Gomes / Juliano Gomes / Marco Antônio Xiru Antunes. Essa informação está errada? Nos avise.

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