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Letra

    A intempérie quem vem da banda oriental
    Se dando volta arrepia o firmamento
    Pois o inverno que mete a cara e se ajeita
    Trás seus anseios no contraponto dos ventos

    Esta lâmpana eu pede boca e se agranda
    Virando o pêlo do eguedo da manada
    É a promessa de que o tempo será malo
    Templando enchentes e aragem fria das geadas

    Mais uma vez os ranchos pobres da fronteira
    Serão trincheiras dos índios de sangue quente
    Por que o inverno desta vez será bagual
    E aos poquitos vai castigando está gente

    Sorte paisano pois não falta um fogo grande
    Que tenha brasa de sobra pra dois parceiros
    Quem acolhera corpo e alma, labaredas
    Sabe que o frio jamais entanguiu fronteiro

    Então mateio num rancho que fiz pra dois
    Pena que tantos não têm a mesma sorte
    Porque o destino é uma tormenta mui braba
    Que aquebranta quem não tem um corpo forte

    Mas menos mal que a primavera é uma esperança
    Do índio quebra que a vida surra na calma
    Se o sol é um poncho que aquenta carne e osso
    O frio do inverno não logra o calor da alma

    Composição: Enio Medeiros / Rogerio Villagran. Essa informação está errada? Nos avise.

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